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Tíquete médio nas farmácias cai 24% em dois anos

Tíquete médio nas farmácias cai 24% em dois anos

O tíquete médio nas farmácias segue em queda e reforça o peso da inflação para o varejo. Em dois anos o valor caiu 24%, passando de R$ 55,01 para R$ 41,99


A cesta de produtos adquiridos também sofreu uma redução, conforme apontou a 6ª edição da pesquisa do IFEPEC – Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa em parceria com a Unicamp. O levantamento envolveu 4 mil consumidores em todo o país.


“Segundo os dados da pesquisa, que é realizada anualmente com clientes das farmácias de forma presencial, percebe-se claramente os reflexos da diminuição de poder aquisitivo da população. Atualmente, eles compram menos unidades por visitas aos PDVs e buscam produtos de menor valor agregado, o que tornou significativa a diminuição do tíquete médio”, aponta Edison Tamascia, presidente da Febrafar, responsável por encomendar o estudo.


Tíquete médio nas farmácias muda também a cesta de compra


O tíquete médio nas farmácias também contribuiu para alterar a cesta de compras. A quantidade média de itens adquiridos por consumidor caiu de três para 2,4 no mesmo período. “Os resultados traçam uma radiografia real do comportamento de consumo no varejo farmacêutico e exigem que o setor reestruture suas estratégias, apostando em mais assertividade na interação com os clientes”, acrescenta.


Outras tendências no ato da compra


Além disso, o levantamento elenca tendências que ganharam evidência sob o impacto da pandemia e do cenário macroeconômico.


Importância da prescrição médica: 69% dos consumidores afirmaram que os medicamentos comprados tinham origem em uma prescrição médica, ainda que nem todos portassem a receita no momento da compra. Lembrando que hoje muitos medicamentos são de uso contínuo e que grande percentual dos produtos adquiridos nas farmácias são MIPs.


Fidelidade e melhor preço em alta: outra mudança no perfil cada vez mais observada é que mais consumidores afirmam que o preço foi o principal fator para a escolha da farmácia, totalizando 82,13% dos entrevistados. Há dois anos esse número era de 75,4%. Além disso, 92,5% dos entrevistados participam de algum programa de fidelidade.


Finanças é principal fator para não comprar: também cresceu o número de consumidores que deixaram de adquirir algum produto por questão financeira, sendo que mais de 19% dos entrevistados reportaram ter deixado de adquirir produtos que desejavam comprar.


Cresce compra digital: quase 25% dos entrevistados afirmaram que compram frequentemente ou raramente pela internet ou por aplicativos, bem acima dos 17% de dois anos atrás. Apesar de ser uma porcentagem ainda relativamente baixa, isso mostra que essa é uma modalidade que vem crescendo.


Fonte: Panorama Farmacêutico


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