Não medicamentos nas farmácias ancoram avanço do setor
A venda de não medicamentos nas farmácias brasileiras vem ancorando o avanço do setor. De acordo com indicadores da Close-Up International a categoria teve crescimento de 15,4% em valores nos últimos 12 meses até julho de 2024. Como parâmetro, os medicamentos de prescrição (MPX) tiveram alta de 8,4%, enquanto os MIPs registraram evolução de apenas 6%.
Nesse período, o setor movimentou R$ 147,8 bilhões em vendas, dos quais R$ 47,1 bi corresponderam aos não medicamentos. A participação desse segmento no volume de negócios também registrou aumento. Na comparação com os 12 meses anteriores, o share passou de 30,9% para 32,2%.
Não medicamentos nas farmácias também crescem em unidades
Nos últimos 12 meses, o crescimento de não medicamentos, em unidades, nas farmácias e também das demais categorias supera em três pontos percentuais a evolução registrada em agosto de 2023. “E nesse quesito, o mercado acelerou em todas as categorias. No caso dos MIPs, mesmo com o inverno de 2024 muito mais quente que o normal, as vendas se mantiveram estáveis, mas ainda assim, é uma performance melhor em relação a 2023, quando havia retração em torno de 4%”, relata Ivan Engel, diretor de serviços e insights da Close-Up International.
Na análise por nicho de farmácia, as associativistas continuam crescendo percentualmente acima do mercado, puxadas principalmente pela Febrafar, que cresceu 14,2% neste período. No caso das redes, o destaque fica com a Abrafarma que cresceu 12,7%, bem acima das demais redes de farmácias.
Já os PDVs independentes crescem apenas 6,5%, muito em função de uma retração do número de farmácias de bairro. “Depois do fim da pandemia, esse segmento vem desacelerando e o número de fechamentos de lojas aumenta de forma expressiva”, complementa.
Vendas por nicho de farmácia nos últimos 12 meses até julho de 2024
Cabe lembrar que todos os dados citados estão a preços de custo do varejo, que se equivalem aos preços de venda da distribuição. A Close-Up também contabiliza o mercado a preços finais ao consumidor. Nesse contexto, o canal farmácia totalizou quase R$ 210 bilhões nos últimos 12 meses.
Fonte: Panorama Farmacêutico
Fonte: Close-up International
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